A Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, apelou, em Luanda, às empresas nacionais para se focarem mais no desempenho das boas práticas e nos melhores modelos de organização e gestão, com vista à aceleração do crescimento e desenvolvimento socioeconómico do país. O ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, não diria melhor…
Ao intervir no acto de premiação da 10ª edição dos Prémios Sirius, Ana Dias Lourenço substituiu-se a todos os membros do Governo, incluindo o Titular do Poder Executivo (seu marido), e considerou as boas práticas (quiçá citando uma qualquer intervenção de La Palice) como o alicerce de qualquer economia, com o desempenho das organizações que contribuem para o avanço do país.
A antiga ministra do Planeamento (do MPLA, obviamente) entre 1999 e 2012 referiu que eventos semelhantes constituem-se num poderoso incentivo para que as demais empresas e gestores percebam o contexto e os reais desafios de Angola e do mundo.
Para a também presidente do corpo de jurados dos Prémios Sirius, a realização deste concurso representa o reconhecimento e a resiliência das empresas que operam plenamente e contribuem na dinamização da economia nacional, através da criação de empregos e geração de riqueza.
Ana Dias Lourenço lembrou que o objectivo é destacar um conjunto de empresas e personalidades que contribuem de forma excepcional para dinamizar o mercado económico angolano, tornando-o mais eficiente, robusto e socialmente responsável. Ou seja, tornando o mercado angolano naquilo que (ainda) não é.
Quanto aos critérios de avaliação dos Prémios Sirius, apontou as melhores práticas e padrões internacionais, onde o capital humano é reconhecido, como os principais factores que contam para a selecção dos vencedores.
Por esse facto, avançou, a presente edição focou-se na sustentabilidade, melhoria dos resultados e na contribuição para a melhoria do bem-estar comum. Embora não tenham estado presentes, os 20 milhões de angolanos pobres ficaram satisfeitos com a referência ao “bem-estar comum…”
Entre os galardoados da 10ª edição dos Prémios Sirius, que foi testemunhado pelo Presidente da República, general João Lourenço, bem como pelo Presidente do MPLA e o Titular do Poder Executivo, o destaque recaiu para o grupo empresarial Carrinho (do MPLA), que venceu duas das sete categorias do concurso.
Trata-se dos prémios Responsabilidade Social e Gestor do Ano, referente a 2023, atribuído ao presidente do Conselho Executivo da Carrinho, David Maciel.
A par dessas categorias, fizeram igualmente parte a categoria Empresa do Ano do Sector Financeiro, Empresa do Ano do Sector não Financeiro, Programa de Desenvolvimento Digital e Tecnológico, Empreendedorismo e Desenvolvimento do Capital Humano. Os prémios das respectivas categorias foram atribuídos ao Banco de Investimento Angolano (BAI), Sonangol, Banco Nacional de Angola (BNA), NARISREC e grupo Casais.
Para além dessas sete categorias, a organização do evento (Deloitte) e o júri atribuíram o Prémio Especial ao sector da educação, cuja contemplada foi a professora e investigadora angolana Teresa Manguanga Victor. A vencedora é uma investigadora científica há mais de 20 anos, particularmente no domínio ambiental, com obras publicadas e reconhecidas pelo mundo. Tanto quanto foi dado perceber, também não estiveram presentes representantes das cinco milhões de crianças que estão fora do sistema de ensino. Talvez tenha sido a falha do protocolo…
Adicionalmente, a organização do evento atribuiu, igualmente, uma menção honrosa a todos os participantes, em gesto de reconhecimento do empenho e contributo de cada concorrente.
Sob o lema “Distinguir a excelência, promover o futuro”, a primeira edição dos Prémios Sirius aconteceu em 2011, tendo observado um interregno originado, em parte, pela pandemia Covid-19, bem como por um momento de reflexão.
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